Alimentação no Xadrez

17-06-2014 17:05

Este tipo de desporto não obriga a que o atleta tenha uma alimentação tão rigorosa como o futebol ou o judo pois não é necessário um grande esforço físico, mas sim psicológico.

Ao contrário de muitos desportos, o xadrez obriga a que diariamente os vários atletas consumam vários alimentos que fornecem energia e ao mesmo tempo mantenha o cérebro concentrado e contribuam para o seu desenvolvimento mental.

Para começar é importante saber que tudo o que compõe o nosso cérebro vem da nossa alimentação: proteínas, hidratos de carbono, as gorduras que constituem a membrana das células, os sais minerais que integram o equilíbrio elétrico das células e dos sinais nervosos e as vitaminas que mantêm as células vivas.

No entanto a alimentação de um jogador de xadrez é influenciada pelos alimentos, nenhum jogador é capaz de se concentrar com fome ou bastante saciado pois o seu organismo, incluindo o cérebro, está carenciado de nutrientes. Os hidratos de carbono, as proteínas, os lípidos devem ser consumidos mas com moderação. No xadrez os nutrientes mais importantes a serem consumidos são as vitaminas, as gorduras e os sais minerais, logo um atleta de xadrez deve consumir diariamente os seguintes alimentos: sementes, frutos secos, cereais e derivados integrais, leguminosas, castanhas, frutos secos, banana, laranja, ervilhas, feijão, amêndoas, pescado, cacau, fígado, rins, carnes, gema de ovo, pescado, hortaliças verdes escuras (brócolos, nabiças, espinafres, couves, alfaces, etc.), cogumelos, moluscos e crustáceos e leguminosas secas.

Para ter uma noção mais específica das necessidades nutricionais dos atletas de xadrez contei com a colaboração da Maria Inês Oliveira bicampeã nacional de xadrez, mesmo sendo bicampeã a sua alimentação não é de todo a mais correta, alegando a mesma que se ressente nas provas por ter uma má alimentação e por não descansar o suficiente. O descanso é fundamental para o sucesso. No caso do xadrez o descanso é sem dúvida uma das chaves pois o nosso cérebro precisa de pelo menos oito a nove horas diárias de sono, o que não acontece com a Maria Inês.

Durante a conversa e em resposta aos inquéritos esta jovem de apenas 17 anos revelou falta de concentração, falta de acompanhamento nutricional, pouca preocupação com a alimentação mesmo tendo consciência da sua importância para o desempenho nos torneios, demonstrou ter sintomas de hipoglicémia e fraqueza muscular, não costuma controlar o seu peso, não consome frutos secos (essencial ao cérebro), não consome café (em moderação é essencial ao desenvolvimento cerebral), não come alimentos cozidos (sem ser sopa), não pratica qualquer tipo de atividade física, para além das aulas de educação física na escola e é uma grande consumidora de snacks industrializados (bolachas, barritas, cereais…).

Como a Maria Inês Oliveira existem muitas outras jogadoras de xadrez com as mesmas consequencias de uma alimentação pouco cuidada.